domingo, 10 de outubro de 2010

Uma brisa de nostalgia

O silêncio, às vezes, é ensurdecedor. Escolhi ser/estar assim. Não aguento mais minhas lamentações. Fiz tudo o que acho certo, pelo menos posso falar que não me arrependo de nada. Não constava no meu script passar por isso. Tenho dificuldade em ficar em silêncio, sozinha. É muito difícil. Aprendi a gostar mais de mim, até tenho me dado bastante presentes esses tempos. Fico feliz por reconhecer que sou uma pessoa boa e até um pouco atraente. Considero uma vitória, quase terapêutica, porque antes só me arrumava para os outros, me achava horrorosa e não aguentava ficar um minuto só comigo mesma.
Tenho pressa para essa angústia do "como será minha vida daqui uns cinco anos?" acabar. Ela me corrói por dentro, fragiliza e depois engessa de uma tal forma que é difícil quebrar, principalmente o silêncio.
Só não queria flutuar tanto na brisa do vento e acabar não encontrando nada. Um sentido pra vida, algo além de colecionar dinheiro.
Ando obcecada, confesso, ando pensando muito em como será minha vida no futuro. Talvez, seja uma fase ou como diz meu pai: você é muito jovem ainda, vai passar por muita coisa, não sofra por antecipação.
Eu sei que ainda vou passar por muita coisa, só que, não sei se outras pessoas tem isso, mas eu tenho medo de não conseguir fazer tudo o que sonho antes de morrer. Por exemplo, se eu deixasse de existir amanhã, não estaria completamente feliz. E quando eu morrer, quero estar totalmente feliz e ter plena consciência que a minha vida valeu a pena pra mim e para muita gente. Ou simplesmente, eu podia parar de me preocupar muito com tudo, acalmar essa mente e apenas dormir. Amanhã, amanhã é outro dia, lady.

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